terça-feira, 9 de setembro de 2008

Gentileza...



Eu fui criado em uma época em que todas a mães e pais ensinavam à pedir desculpas quando errávamos. Uma época não muito remota onde falar muito obrigado, por favor, era sinal de educação de berço. Um tempo que nossas crianças eram sempre lembradas ao respeito aos mais velhos, obediência e bons modos. Hoje, até por condicionamento de anos, continuo a usar das gentilezas e cuidados no trato social. Seguro a porta do elevador e aguardo o muito obrigado em vão, semelhante com empáfia deve achar que não passa da obrigação. Agradeço à pessoa que me serve no restaurante e ela me olha como se eu fosse um alienígena, parado no tempo. Sou muito educado e chegam a duvidar até da minha virilidade, afinal gentileza não deve ser coisa de homem. Tão bom e civilizado tratar amigos e desconhecidos com carinho e atenção. Mas não temos tempo, coisa sem graça e dispensável; e vamos nos agredindo dia após dia com pequenas e sutis falta de educação. Afinal, somos modernos. Internet, Smartphones, Televisão Digital, mas regredindo ao homem das cavernas no trato com o outro. Em tempo, desculpem pelo desabafo...

Um comentário:

  1. Belo desabafo, meu amigo!
    Este desabafo fez-me lembrar que pouco tempo atrás ( não tão remoto ), observando-me e aos outros semelhantes - muitos deles dentro do meu local de trabalho, o taxi-, pensei algumas vezes que estávamos declinando em valores sociais, éticos e morais - se é que podemos separá-los -, que primitivamente tem como base a educação familiar. Esta educação caducou, foi o que pensei. Será que isto tem relação com a evolução da tecnologia, da cibernética ou da telecomunicações, que nos aproxima com a mesma "velocidade que nos "afasta"?; me questionei. Se não tem , pelo menos sua postagem/desabafo me faz "pensar" que pode haver um elo...
    Continue gentil, e, quiçá esta "gentileza" provoque uma "epidemia".

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