terça-feira, 1 de setembro de 2020

Vivenciando uma Pandemia...

 

Todos temos um período de vida neste Planeta Terra. Poderia ter sido na Idade Média. Ou mesmo na Pré-História. Escrevo esta Crônica aqui mesmo no início do Século XXI. Vivenciando uma Pandemia no transcorrer do Ano de 2020. Se é verdade que as Crônicas tornam-se fósseis literários de escritores famosos ou mesmo do cidadão comum que ousa registrar o que vai pela alma, peço humildemente ao meu Arqueólogo Literário querido, paciência e tenacidade ao compor uma época tão sofrida...

Sim, quero falar do "Abraço" !!! Aquele que sempre foi automático, vigoroso e reconfortante. A sensação que nossos amores, parentes, amigos, o semelhante que passa ao lado, o garçom, o médico, a secretária, a maçaneta, a banana e o resto do universo possam nos contaminar é devastadora. Abraçar apertado e apaixonado pessoas queridas sempre foi remédio e dos bons. Sentir o calor, a respiração e até as batidas do coração de um amigo representar um convite para a morte, danifica qualquer equilíbrio emocional. Ler nos livros Pandemias Históricas é diferente de sermos hoje personagens, testemunhas e estatísticas de um Vírus Letal. Aquele cotidiano habitual por vezes negligenciado, classificado em muitos momentos como  um tédio, hoje é motivo de saudade e certeza de um tesouro perdido. Simplesmente sair as ruas sem máscara, sem guardar distância segura dos semelhantes, sentar em um café e apreciar um Mundo acolhedor. A talvez falsa impressão de segurança, confiança na nossa natural imunidade, sempre foi uma benção. O desafio global para a Humanidade é imenso. O individualismo, o egoísmo, a preocupação tão somente com o próprio umbigo, formatou durante séculos o cenário atual. Acho que já sabíamos. A importância das nossas conquistas. A Pandemia vai passar para a história que Arqueólogos Sociais estudarão no futuro. Cabe a nós, Protagonistas deste momento triste e difícil, valorizarmos outra vez com muita fé e esperança valores eternos e universais como o "Abraço gostoso, sincero e aconchegante" que sustenta a vida e acalma a alma. Vai passar... 

quinta-feira, 19 de março de 2020

Pandemia...

Tempos difíceis para toda a humanidade. Todo poder científico e tecnológico nos dava uma falsa impressão de independência do outro. Do nosso semelhante. A própria sobrevivência da espécie agora depende de todos. Ricos, pobres, brancos e negros. Um só tecido social na maior interdependência dos últimos tempos. Eu sou responsável por você. Você precisa cuidar de mim. Um teste planetário de solidariedade cuja a aprovação e sucesso resultará em uma nova chance de usufruir da vida e do Planeta. Lave as suas mãos por mim. Estou recluso por você. E todos unidos por nossa espécie. A mesma que deverá aprender com muita dor que ninguém é uma ilha. Todos dependem de todos. Faça sua parte. Saúde à todos...

quinta-feira, 12 de março de 2020

Vida Carioca...

Se resolve ir ao bar da esquina para um café, o "corona" pode estar à espreita. Se levanta do sofá para beber água, sua vida em risco por "coliformes fecais". Se procura relaxar e ir ao cinema, seu vizinho cinéfilo espirra e você visualiza as gotículas flutuando no facho luminoso do filme. Bem, o negócio é evitar multidão e partir para o sítio na serra. O mosquito da "febre amarela" te observa das matas e o "aedes" com ciúmes. Sim, o negócio é reforçar a imunidade e comer uma excelente salada recheada de...agrotóxicos...
Recrimino meu pessimismo e ligo a televisão para apreciar o lado belo da vida. A impressão é de que o covid-19 vai sair pelo auto falante e nos infectar tamanha densidade das notícias globais.
Sinto que preciso de um abraço para acalmar a alma. Proibiram também...
Mas sou brasileiro e uma coisa é difícil de colocar em quarentena...a Esperança que para nós já ganhou status de profissão...abraço virtual à todos e capricho no álcool gel...

sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

O Verão da Geosmina...

Um líquido precioso. Historicamente abundante e barato para nós filhos desta terra de florestas e rios selvagens. Nativos acostumados com água limpa, pura e refrescante. Sempre esteve alí, fluindo e cheio de vida como deve ser...

Usamos e abusamos com soberba e ganância sem respeito e acreditando na sustentabilidade de fontes inesgotáveis e perenes. Afinal, o paraíso está aí para nos servir, espécie escolhida pelos Deuses...

A conta da incúria, desperdício e abandono chegou. O Bem mais precioso e gerador da vida está contaminado com a nossa falta de humildade. Nossa ganância e desprezo pela natureza e compromisso com as gerações futuras. O Verão da Geosmina é o alerta final, o apocalipse da razão, antes que a água da vida escoe pelo ralo do absurdo...