sexta-feira, 17 de junho de 2011

Mulheres no Poder...




O fato político é que Dilma Rousseff, Gleisi Hoffmann e Ideli Salvatti, ocupam os principais cargos do Executivo Brasileiro na atualidade. No imaginário popular, um momento histórico para o poder feminino mostrar a que veio. A mulher já foi um mero objeto de decoração e de posse do Patriarcado onde jamais podia participar das conversas do seu Senhor e equiparada aos índios, menores e incapazes. Votar então, conquista mais ou menos recente. Gradativamente foi galgando conhecimento, respeito por mérito próprio e ocupando postos caracterizados como "masculinos" e apresentando resultados, por vezes, infinitamente superiores e mais éticos que seus concorrentes homens. Guardas de trânsito, motoristas profissionais, funcionárias da limpeza pública, comandantes de aviões e uma infinidade de atividades bem sucedidas foi criando uma espécie de esperança na gestão charmosa, feminina e correta das mulheres. Eleita e delegando poderes à colegas desta nova geração participativa das fêmeas da espécie, ficamos todos na expectativa de melhores rumos para o País e toda nossa sociedade. Particularmente, acredito que honestidade, conduta e caráter independem do sexo da pessoa, mas torço por melhores dias republicanos. A mulher gera a vida no seu ventre, e talvez por isto, possa ser mais séria nos destinos das nações. O homem, predador por natureza, pode ter na mulher o freio necessário para não destruir a ética, a moral e os alicerces de uma Nação, berço onde vivem seus filhos. Assim seja. Mesmo porque, do lado negro da força, ela será também muito competente. Aí, meus amigos, estamos fritos....


terça-feira, 17 de maio de 2011

Transitoriedade da Vida...

Não nos acostumamos com o imponderável da vida. O transitório parece afrontar a alma. Gostamos do permanente. Um encontro após 15 anos e o inesperado se faz presente. Casal feliz que foi ceifado pela violência urbana. Fato corriqueiro policial, mas poderia ser um atropelamento, uma pneumonia ou mesmo um viajar sem retorno. Pronto, o transitório. Aquilo que parecia firme e imutável, desmoronou. Vida é movimento e mudança à cada segundo e nós, pobres mortais, esperando que a casa nunca caia, que o patrimônio nunca se modifique e que nossos entes queridos nunca nos deixem. A ampuleta do tempo faz graça com a nossa incredulidade. Nosso bairro já não é o mesmo, as crianças que brincavam na esquina cresceram, meu pai já não vem da praia com seu calção e óculos escuros, pitando o eterno cigarro. Meu filho está com barba por fazer e eu nem me acostumei ainda a ser pai direito. Vamos tateando o terreno juntos, com o amor nos guiando. Ímpeto do novo, misturado com a cautela do "Macaco Velho". Sempre o transitório. Com tudo e todos girando ao redor, teimamos em achar que vai melhorar, que nossos sonhos enfim serão realidade. Transitoriedade da esperança. Ao rever antigos amigos e amores, sinto que existe algo que é permanente. O carinho e amor que vivenciamos nas relações verdadeiras. No turbilhão da vida, cada pessoa do nosso passado deixou algo dentro de nós. Um sorriso, uma piada, uma bronca, um olhar. No fundo, sonhamos com a eternidade, sem perceber que o eterno é só o universo em constante ebulição e transitoriedade. Se em vida somos mutantes, que nossa conduta com nossos semelhantes crie, no mínimo, uma saudade eterna...


Márcio Mourão - mmvip007@gmail.com










sábado, 9 de abril de 2011

Tragédia Escolar...


As rígidas normas de segurança das agências bancárias, prédios comerciais e condomínios residenciais irritam a maioria das pessoas no dia a dia atribulado. As escolas por serem territórios onde, geralmente, o maior valor é o conhecimento e a cultura, sempre foram de acesso fácil. A tragédia escolar em Realengo, Rio de Janeiro, demonstrou que não existe ambiente livre de desajustados, doentes e fanáticos. A cautela e prevenção deveriam vir antes da tragédia. Impedir a entrada de aluno antigo e conhecido, quase impossível. Detectar uma arma, munição e atitude estranha, fácil para qualquer profissional treinado e habilitado para a função. Um segurança com um detector de metais portátil ou entrada principal com dispositivo semelhante, evitaria não só pessoas problemáticas, mas também alunos, professores e funcionários com porte de arma ilegal. Brigas, agressões à professores, contaminação de traficantes no ambiente escolar, já deveriam ser alertas de um maior cuidado por parte de nossos gestores educacionais. Declarar na televisão que o episódio era impossível de se imaginar, é enterrar no esquecimento as armas que já foram encontradas com alunos dentro da escola, com procedência das mais diversas. O acesso do assassino foi inevitável, mas armado com poderio bélico de guerra, uma lastimável falta de percepção da atualidade conturbada e violenta. Meu desejo é que o sangue e a dor destas crianças motivem a reflexão de que vivemos uma realidade onde todos devem contribuir para uma segurança possível, inteligente e profissional. Que o choro e a comoção das nossas autoridades resultem em atitudes concretas para a segurança e o desenvolvimento das nossas crianças e adolescentes, usando com responsabilidade e rigor nossos impostos pagos com o suor do trabalho e não com o sangue dos nossos filhos.




terça-feira, 15 de março de 2011

Energia Nuclear...

O mundo necessita cada vez mais de energia. O chamado progresso e as ambições humanas de conforto, poder e riqueza demandam muita energia. Claro está que não possuímos ainda a tecnologia de produzir este bem de maneira limpa e ecologicamente sustentável. Toda e qualquer espécie de produção energética carrega em si problemas e consequências negativas ao homem e ao meio ambiente. Nações inteiras dependem da Energia Nuclear. Métodos eólicos, solares, marés, etc, ainda sistemas caros e sem escala para prover uma demanda continental. Sistemas totalmente imunes a falhas ainda são sonhos distantes dos cientistas e profissionais do setor nuclear. O dilema atual da sociedade planetária é que os efeitos de um desastre atômico perduram por centenas de anos, matando e adoecendo pessoas, animais e o meio ambiente. O lixo atômico até hoje, mesmo reciclado, torna-se um produto impossível de ser armazenado com total segurança. A cada acidente, reflexões isolando grandes áreas e contabilizando os doentes: Será que o custo benefício desta energia é aceitável ? Será que não podemos viver mais simplesmente e proteger pessoas, animais e a Terra ? Um Trem Bala ou grandes ambientes refrigerados justificam o surgimento de cidades fantasmas e o câncer por gerações ? - Enquanto a ciência ainda não viabiliza energia limpa e comercialmente aceitável, devemos analizar melhor nossas escolhas. O Progresso é sempre bom, mas pagar qualquer preço para construí-lo não me parece sensato. Acidentes com hidrelétricas, termoelétricas, eólicas, acontecem. Pessoas morrem, ficam doentes; mas efeitos e consequências por 300 anos, a meu ver, só a nuclear. Chernobyl está lá e, ainda por muitos anos, como um alerta para o mundo. Falei em sensatez, mas em que momentos da história fomos sensatos ?

quarta-feira, 2 de março de 2011

Educação Financeira nas Escolas...

A sociedade brasileira e os setores da educação debatem e procuram melhorar os caminhos da formação das nossas crianças e jovens. A propaganda bombardeia o cidadão incitando-o ao consumo, na televisão, nas mensagens e opções dos caixas dos bancos, oferecendo empréstimos de todo tipo, nos jornais e em todos os veículos de comunicação. Uma nação rica possui, como um dos pilares, a capacidade de poupar, organizar-se para o futuro do consumo consciente. As escolas precisam melhorar na Educação Financeira dos adultos de amanhã. Ensinar a importância dos pequenos valores, que no tempo aplicado gera riquezas, na confecção de planilhas onde pode-se captar se estamos exagerando nos gastos, ou mesmo percebendo, na ponta do lápis, que gastando mais do que se ganha é o caminho mais rápido para o endividamento. Quando somos jovens, gastar representa o prazer imediato. Afinal, temos todo tempo do mundo. Tempo que vai acabando como a areia na ampuleta. Assim, quanto mais jovem entendermos que podemos, com pequenas quantias mensais, poupanças conscientes, planejar um futuro forte e seguro, melhor. Parece que por muitos anos era um tanto vergonhoso falar de dinheiro com as crianças. Menos nobre. Criou-se uma geração, ou várias, de consumidores compulsivos. Incapazes de adiar um consumo imediato, visando um projeto futuro plenamente alcançável e de sucesso. Educação Financeira nas Escolas, instrumento de desenvolvimento de uma nação, privilegiando uma mentalidade capitalista com segurança, conforto e felicidade.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Lixo Tecnológico...

Procurando fazer uma limpeza geral no meu apartamento, visando uma reforma em breve, encontrei muita dificuldade em descartar meu Lixo Tecnológico (Disquetes antigos, Drives estragados, etc...). Entrei no site da Comlurb, telefonei, tudo em vão. Minha consciência ecológica faz com que permaneça com um Entulho Tecnológico em minha casa sem solução. O assunto é de interesse nacional e tão importante em época de Aquecimento Global e atitudes de cidadania, palavra que em sua dimensão maior ganha relevância frente à tímida atitude dos órgãos que deveriam zelar pela saúde do Meio Ambiente. Tecnologia é progresso. Lixo Tecnológico deveria ser solução na reciclagem e no descarte correto. Ao alcance do cidadão comum, nas ruas, nos bairros. Sem estímulo, educação e presença dos gestores do lixo, a tentação é enorme de descartar no lixo comum. Nosso Planeta Azul merece este carinho.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Eu vou de Táxi...

O cidadão sintonizado com a atualidade e em parceria com o que as autoridades apregoam, procura deixar seu automóvel em casa e busca alternativas para seu deslocamento. Ao me deslocar de um bairro para o outro, na zona sul carioca, fiz sinal para um táxi em Botafogo. Como de hábito, ao entrar no veículo, perguntei o nome do motorista e fiquei apavorado quando notei seu total estado alterado, por álcool ou drogas, não permitindo pronunciar seu nome corretamente. Imediatamente, antes do veículo arrancar, abrí a porta e desejei que seguisse com Deus, única atitude naquele momento de incredulidade. Já na calçada e arrependido de deixar meu carro na garagem, refletí na possibilidade do passageiro ser um idoso, um adolescente ou cidadão sem meu reflexo imediato de deixar o veículo conduzido por um motorista dito Profissional. Já lí nos jornais algumas reclamações de leitores que relatam que a lei seca não fiscaliza os Táxis. Sou favorável que a lei seja observada por todos os motoristas, indistintamente, punidos exemplarmente quando em delito. O Cidadão consciente espera responsabilidade de todos no sentido de poder confiar a sua integridade e de seus familiares nestes prestadores de serviços. Como em toda classe profissional, também sou testemunho de zelo e carinho para com seus passageiros, como no caso de transporte da minha mãe, 85 anos, em que o motorista deixou o volante e ajudou-a a sair do carro. Mais uma vez ressalta-se a importância da fiscalização séria, sem corrupção, das nossas autoridades de trânsito. Afinal, gestores do poder público também tem familiares e a roleta está nas ruas...